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  • Isabela Antunes Lima e Cristhian Yohan Fernandes

Racismo

Diante dos últimos acontecimentos no Brasil e no mundo é importante entender o que é racismo, qual sua origem e como combate-lo. O termo racismo em si começou a ser utilizado no início do século XX, antes ao definir pessoas com cores de pele diferentes como raças utilizava-se racionalismo. Na língua portuguesa o sufixo -ismo denota ideologia seja ela política, religiosa ou científica; a palavra racismo vem do pensamento da separação de raças, e ao tempo se relacionou a comparação delas em inferior e superior, em inglês racism foi utilizado para nomear as atividades da Alemanha nazista em 1936.

No Brasil, as práticas racistas se iniciam com a chegada dos portugueses às terras canarinhas, os índios, nativos da nossa terra, sofreram abusos por parte dos colonizadores, mais a frente na história em 1530 inicia-se a escravidão no Brasil que só “terminou” em 1888, durante 358 anos, pretos africanos foram trazidos por navios para servirem de mão de obra aos brancos colonizadores. Com o fim da escravidão, o pensamento de que pretos são inferiores permanece e perdura até hoje na mente de muitos dos que se nomeiam “tradicionais”.

Mais a frente no tempo, atualmente, ainda em território nacional, casos de racismo acontecem diariamente. Na cidade do Rio de Janeiro, a “favela” é subjugada por ter uma população preta ou parda em quase totalidade, até as crianças sofrem com esse preconceito, o despreparo da polícia em ações realizadas nessa região leva a morte de inocentes, como casos mais recentes tem-se a morte do João Pedro,14, da Ágatha,8, do Dyogo,16. Ainda hoje, o racismo brasileiro é denotado de velado e institucional, muitas de nossas falas se referem à época da escravidão mesmo que indiretamente.

Já em nível mundial, se destaca atualmente o caso de George Floyd, que foi morto durante uma violenta ação policial, em Mineápolis, EUA. Desde o dia 26, diversas manifestações estão sendo feitas nos Estados Unidos pedindo justiça, o movimento Black Lives Matter relaciona o episódio com a semelhança na morte de Eric Garner, que também faleceu em 2014 após ser asfixiado em uma ação policial.

Nesse período de intensa atuação, o Black Lives Matter redefiniu não apenas o ativismo negro, mas a própria política americana. Jovens negros ocuparam as ruas quando todos imaginavam que aquilo era coisa do passado. Ainda que uma grande parte da cobertura televisiva oficial e a linguagem daqueles que repreendem os protestos esteja centrada em se referir aos manifestantes como “saqueadores”, “bandidos” e “antiamericanos”, está em jogo algo muito maior: homenagear vidas tidas como descartáveis e enfatizar que elas importam. Porém, os protestos estadunidenses foram repercutidos mundialmente, levando a mobilização da população de diversos países como Alemanha, França, Austrália e até no Japão.

Essas histórias se repetem todos os dias e está mais do que provado que o racismo enraizado na sociedade está longe de acabar, mas toda essa união e mobilização mostra que a força e a sede de justiça também não vão se dissolver enquanto o mundo não for um lugar seguro para todos. Para os brancos, é importante dar todo apoio e suporte a essa luta, aprendendo sobre o assunto, eliminando racismos diários do seu cotidiano e não “passando pano” para atitudes racistas de amigos e familiares, o conhecimento sempre deve ser disseminado. Afinal, como disse Angela Davis, “não basta não ser racista, é preciso ser antirracista”.

REFERÊNCIAS

[1] NASCIMENTO, Gustavo; “O racismo velado” disponível em <https://www.geledes.org.br/o-racismo-velado-por-gustavo-nascimento/> acessado em 05 de junho de 2020.

[2] BRASIL ESCOLA; “Racismo” disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/racismo.htm> acessado em 05 de junho de 2020.

[3] RODRIGUES, Sérgio; “Racismo, a palavra, nasceu no século 20” disponível em <https://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/racismo-a-palavra-nasceu-no-seculo-20/> acessado em 05 de junho de 2020.

[4] BEZERRA, Juliana; “Escravidão no Brasil” disponível em <https://www.todamateria.com.br/escravidao-no-brasil/> acessado em 07 de junho de 2020.

[5] COELHO, Henrique; RODRIGUES, Matheus; “Pretos e pardos são 78% dos mortos em ações policiais no RJ em 2019: 'É o negro que sofre essa insegurança', diz mãe de Ágatha” disponível em <https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/06/06/pretos-e-pardos-sao-78percent-dos-mortos-em-acoes-policiais-no-rj-em-2019-e-o-negro-que-sofre-essa-inseguranca-diz-mae-de-agatha.ghtml> acessado em 07 de junho de 2020.

[6] FERRARI, Wallacy; “CASO GEORGE FLOYD: ENTENDA O BRUTAL EPISÓDIO QUE TEM CAUSADO PROTESTOS NOS EUA” disponivel em <https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/caso-george-floyd-entenda-o-brutal-episodio-que-tem-causado-protestos-nos-eua.phtml> acessado em 07 de junho de 2020.

[7] PEREIRA, Allan Kardec; “Artigo: Black Lives Matter lança um grito para redefinir nossos tempos” disponivel em <https://oglobo.globo.com/mundo/artigo-black-lives-matter-lanca-um-grito-para-redefinir-nossos-tempos-24465554> acessado em 07 de junho de 2020.

[8] Reuters; Protestos espalhados pelo mundo apoiam movimento 'Black Lives Matter'” disponível em

<https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/06/06/protestos-espalhados-pelo-mundo-apoiam-movimento-black-lives-matter.ghtml> acessado em 07 de junho de 2020.

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