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A missão espacial BepiColombo

  • Cristhian Y. C. Fernandes e Maria E. M. T. Silva
  • 14 de out. de 2021
  • 3 min de leitura

O interesse pelo espaço surgiu durante a Guerra Fria, na chamada corrida espacial, mesmo depois de tantas descobertas e a chegada do homem à Lua, ainda existem outros planetas a serem explorados. Dando continuidade a missão Messenger, enviada pela NASA em 2004, a missão BepiColombo, lançada pelas agências espaciais ESA e JAXA (europeia e japonesa, respectivamente), em 2018, busca também aprofundar os estudos sobre o planeta Mercúrio. O nome da missão é uma homenagem ao matemático e engenheiro italiano Giuseppe (Bepi) Colombo, que foi responsável pela trajetória que permitiu com que a primeira sonda destinada a Mercúrio fizesse dez sobrevoos sobre o planeta na década de 1970.

A BepiColombo foi projetada contendo dois orbitadores: Mercury Magnetospheric Orbiter (da agência JAXA) e Mercury Planetary Orbiter (da agência ESA). Essas sondas são responsáveis pela investigação e captação de dados que permitam compreender a origem e o desenvolvimento do menor planeta do sistema solar e, por essa razão, sua superfície será toda mapeada. Algumas propriedades como campo magnético, núcleo, exosfera e composição são grandes alvos de investigação.

O módulo Mercury Magnetospheric Orbiter (MMO) está equipado com cinco instrumentos que terão a função de atribuir características à magnetosfera de Mercúrio; já o módulo Mercury Planetary Orbiter (MPO), com onze instrumentos, terá a função de mapear o planeta. A junção dessas duas principais sondas, e outras estruturas igualmente importantes, formam a BepiColombo: elas trabalharão conjuntamente, porém separadas fisicamente, como ilustrado abaixo:


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O primeiro sobrevoo aconteceu na última sexta-feira, 1 de outubro de 2021: nele, a BepiColombo passou a cerca de 199 km de altitude do planeta e realizou uma série de fotografias. Entretanto, por estar no lado noturno, a qualidade da imagem foi baixa, sendo necessária uma nova série de fotografias. Depois dessa nova ação, a imagem mais próxima de Mercúrio, com qualidade, foi feita com a sonda a aproximadamente 1.000 km de distância da superfície de nosso primeiro planeta do sistema solar, como mostra a fotografia abaixo:

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Diante das imagens é possível identificar grandes crateras de impacto. Acredita-se que o planeta ainda tenha algum resquício de atmosfera. Se houver, ela será analisada pelo espectrômetro da sonda BepiColombo. Além disso, a sonda fará fotos em 3D de toda a superfície de Mercúrio, e, ademais, realizará um amplo estudo espectrográfico permitindo, assim, entender o formato e a composição do planeta, gerando um mapa completo do mesmo.

Apesar do seu lançamento ter ocorrido no final de 2018, os objetivos traçados pela missão só terminarão em meados de 2026, permanecendo por sete anos e meio na missão. Durante esse intervalo, importantes fases da trajetória até Mercúrio serão consideradas. São planejados para esse período nove sobrevoos por diferentes planetas: seis sobre Mercúrio, que é o foco da missão, um sobre a Terra e dois sobre Vênus, buscando analisar a diferença interplanetária com a mesma tecnologia de sonda BepiColombo.



REFERÊNCIAS

[1] BepiColombo Launch Media Kit. Publicado em: 10 de outubro de 2018. Disponível em: <https://sci.esa.int/web/bepicolombo/-/60754-bepicolombo-launch-media-kit> . Acesso em: 4 de outubro de 2021.


[2] Preparing for Mercury: BepiColombo stack completes testing. Publicado em 6 de julho de 2017. Disponível em: <https://www.esa.int/Science_Exploration/Space_Science/BepiColombo/Preparing_for_Mercury_BepiColombo_stack_completes_testing> . Acesso em: 4 de outubro de 2021.


[3] BepiColombo’s first views of Mercury. Publicado em 2 de outubro de 2021. Disponível em: <https://www.esa.int/Science_Exploration/Space_Science/BepiColombo/BepiColombo_s_first_views_of_Mercury> . Acesso em: 4 de outubro de 2021.


[4] BepiColombo flies by Venus en route to Mercury. Publicado em 15 de outubro de 2020. Disponível em: <https://sci.esa.int/web/bepicolombo/-/bepicolombo-flies-by-venus-en-route-to-mercury> . Acesso em 4 de outubro de 2021.

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