EVENTOS ASTRONÔMICOS DE 2021

Kaique Bolderin e Vitor Ribeiro
27 de jan. de 2021
4 min de leitura

Atualizado: 29 de jan. de 2021

O ano de 2021 será marcado por muitos eventos astronômicos. Muitos se preparam para observá-los por telescópios, binóculos e até mesmo à olho nu. Se você é uma dessas pessoas, prepare-se para as datas importantes que citamos no presente texto. Vale lembrar que os eventos poderão ser total ou parcialmente no Brasil, territorialmente falando.

Começamos por março (fevereiro não terá eventos dignos de nota) com a conjunção planetária que ocorrerá no dia nove (09/03). Essa conjunção envolverá os planetas Mercúrio, Júpiter e Saturno que estarão bem próximos à Lua. Esteja com o café pronto ou com o alarme bem alto, pois esse evento iniciar-se-á aproximadamente às 4 horas da manhã.

No mês de abril ocorrerá a primeira Superlua do ano, no dia oito (08/04), que é quando a Lua encontra-se em seu ponto mais próximo da Terra, uma vez que seu movimento ao redor do nosso planeta é elíptico. Essa aproximação resulta no aumento de seu diâmetro em 7% e aumento do brilho em 15%.

Ainda no mês de abril, o planeta Marte estará, oticamente, bem próximo do disco da Lua no dia dezessete (17/04) aproximadamente entre às 19h00m-21h00m. O satélite não cobrirá o planeta, mas ainda assim é um evento digno de nota e curiosidade.

O último evento do mês de abril será a chuva de meteoros Líridas, que terá seu pico na noite entre 21 e 22. Essa chuva é formada por partículas de poeira e detritos derivados do cometa Thatcher que passa pelo nosso sistema solar a cada 415 anos.

Na noite entre os dias cinco (05/05) e seis (06/05) ocorrerá o primeiro evento do mês de maio, a chuva de meteoros Eta Aquarídeos. Essa chuva está associada ao detritos do cometa Halley e terá melhor visibilidade no Hemisfério Sul.

Dois eventos coincidirão no dia vinte e seis (26/05), a Superlua e o eclipse lunar, são chamados de Superlua de Sangue quando ocorrem juntos. O evento ocorre quando a Lua passa pela sombra (umbra) da Terra, e no caso, também estará no ponto mais próximo de nosso planeta durante seu deslocamento. Infelizmente, nós que estamos no Brasil, vamos apreciar apenas parcialmente esse grande evento.

No mês de junho não seremos agraciados com eventos astronômicos visíveis do Brasil, mas no mês de julho ocorrerá mais uma chuva de meteoros, a Delta Aquarídeas ocorrerá entre os dias 14 de julho e 18 de agosto, mas o ponto máximo vai ocorrer na madrugada entre os dias vinte e oito (28/08) e vinte e nove (29/08). Ainda não é definido o cometa de origem, embora alguns astrônomos cogitem que a chuva é derivada dos detritos do cometa 96P/Machholz.

Em agosto, teremos outra chuva de meteoros Perseidas: a chuva mais brilhante do ano. Elas ocorrem entre dezessete (17/07) de julho e vinte e quatro (24/08) de agosto, mas o pico acontece por volta de nove (09/08) a treze (13/08) de agosto, ela conta com muitas “estrelas cadentes” e uma taxa de 150 meteoros por hora. No dia dezoito (18/08) está previsto a conjunção de Marte e Mercúrio: a expectativa é que seja difícil observar nas regiões sul, sudeste e centro-oeste, pois eles não serão mais visto depois das 18h e a conjunção será logo após o pôr do sol, quando os dois planetas estiverem se aproximando do horizonte. Em setembro, não há nada previsto.

Em outubro teremos outra chuva de meteoros, dessa vez, nomeados como Oriônidas: ela acontece por causa do cometa Halley e é uma das melhores para se observar. Ocorre sempre entre os dias quinze (15/10) e vinte e nove (29/10) de outubro de todos os anos. Para o ano de 2021 o seu auge está previsto para a madrugada dos dias vinte (20/10) e vinte e um (21/10) de outubro, o único empecilho é que Lua cheia estará próximo do radiante, o que dificulta um pouco a visibilidade.

Nos dias quatro (04/11) e cinco (05/11) de novembro, teremos o ápice da chuva de meteoros Táuridas, geralmente com meteoros de coloração avermelhada, alaranjada ou amarelada. No dia oito (08/11) podemos observar Vênus bem próximo da Lua. Já entre os dias dezessete (17/11) e dezoito (18/11) teremos a chuva de meteoros Leônidas, é uma das mais imprevisíveis, contará com cerca de 15 meteoros por hora, vale ressaltar que a cada 33 anos, elas despejam sobre a Terra centenas de meteoros por hora, a última aconteceu em 2001. E para finalizar o mês, no dia dezenove (19/11) acontecerá um eclipse lunar parcial, mas só será visível em partes do oeste da América do Sul.

Para iniciar o último mês do ano, no dia quatro (04/12) de dezembro teremos um eclipse solar total, que fará a nossa estrela desaparecer do céu, a única barreira e que ele só será visto nos céus da Antártida e ao Sul do Atlântico, e parcialmente em grande parte da África do Sul. Nos dias treze (13/12) e quatorze (14/12) ocorrerá a chuva de meteoros Gemínidas que é considerada a melhor de todas, podendo chegar a ter até 120 “estrelas cadentes” por hora no seu auge. Para finalizar o ano bem pertinho do Natal, de dezessete (17/12) a vinte e cinco (25/12) de dezembro, teremos uma pequena chuva de meteoros chamada Ursídeas, causada pelos restos de cometa Tuttle e que encerrará o ano de 2021.

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