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Plano de Ação Climática da NASA

  • Bárbara B. Zanardi e Renata H.S. Casoni
  • 14 de out. de 2021
  • 3 min de leitura

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Sabe-se que as mudanças climáticas sempre foram um ponto de preocupação para o ser humano, principalmente depois do agravamento de suas ocorrências por conta das ações humanas. Dessa forma, como parte dos esforços do governo norte-americano em enfrentar as mudanças climáticas, a NASA divulgou, nesta quinta-feira (07 de outubro de 2021) um plano de ação climática tendo como foco evitar os impactos decorrentes das mudanças climáticas.

Mas por que as mudanças climáticas atualmente são tão temidas? As mudanças climáticas são alterações no estado do clima da Terra que persistem por um longo período de tempo e que podem ter origem tanto natural como antrópica. Atualmente, essas mudanças do clima têm ocorrido de maneira mais intensa que o normal em razão das atividades humanas.

A partir da Revolução Industrial o homem passou a emitir quantidades significativas de gases de efeito estufa (GEE), em especial o dióxido de carbono. Assim, as atividades humanas passaram a ter influência importante nas mudanças climáticas. O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), órgão das Nações Unidas, responsável por produzir informações científicas, afirma que há 90% de certeza que o aumento de temperatura na Terra está sendo causado pela ação do homem.

As mudanças climáticas podem gerar diversos impactos, como o aquecimento global, a perda da cobertura do gelo nos polos, a subida do nível médio das águas do mar, o aumento da frequência de fenômenos climáticos extremos, alterações na disponibilidade de recursos hídricos, desertificação, alterações nos ecossistemas, perda da biodiversidade, risco de insegurança alimentar e do colapso dos sistemas alimentares e impactos na saúde e bem-estar da população humana. Esses impactos têm maior probabilidade de serem mais graves em países com menor capacidade para se adaptar às mudanças que ocorrerão.

É exatamente por isso que o plano climático da NASA foi colocado em ação. Além de se prevenir dos efeitos do aquecimento global, tanto em seus trabalhos em desenvolvimento como em suas missões futuras, o objetivo deste plano é garantir a adaptação de instalações e pesquisas da agência espacial, bem como fornecer dados climáticos à população. Bill Nelson, o administrador da agência espacial, afirmou que a NASA é uma das poucas agências federais que, além de explorar o espaço, também conduz pesquisas climáticas e oferece dados fundamentais aos governos.

“Temos equipamentos científicos e capacidades que nos permitem entender esta crise climática na Terra, bem como explorar o universo. Felizmente, temos a engenhosidade e capacidade de engenharia para garantir que os recursos de nossa agência permaneçam resistentes a essa ameaça crescente. A Nasa está empenhada em salvaguardar a nossa missão nas próximas décadas e, através dos dados que fornecemos ao mundo, ajudaremos outras agências a garantir que podem fazer o mesmo”, explicou Bill Nelson.

Pode-se destacar cinco prioridades estratégicas da NASA em seu plano de ação climático: garantir o acesso ao espaço, integrar a adaptação ao clima nos diretores, integrar as mudanças climáticas na análise de risco e planejamento de resiliência, atualizar a modelagem climática para entender melhor as ameaças e vulnerabilidades e o avanço da pesquisa aeronáutica para reduzir os contribuintes das mudanças climáticas.

Em outras palavras, a NASA almeja identificar as vulnerabilidades relacionadas às mudanças climáticas que, além de ameaçar o acesso ao espaço, colocam a vida na Terra em risco, desenvolvendo estratégias de adaptação e redução de risco, priorizando projetos de instalações e infraestrutura, desenvolvendo modelos climáticos modernos, integrando os resultados do planejamento de resiliência aos planos diretores de seus centros e aos processos de operação e manutenção e colaborando com parceiros para desenvolver e implementar soluções de aviação que permitam a adaptação climática.

No entanto, a NASA não está sozinha nesta jornada. O plano faz parte da abordagem do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de envolver todo o governo no enfrentamento da crise climática. Como forma de enfrentar desafios constantes como os custos crescentes na manutenção e reparos devido a eventos climáticos extremos e frequentes, o presidente priorizou o planejamento de resiliência e adaptação climática da agência federal, fazendo com que a NASA e outras 22 grandes agências desenvolvessem planos focados em tratar de seus riscos e vulnerabilidades climáticos mais significativos.

REFERÊNCIAS

[1] TORRES, Wyllian. “NASA e outras 22 agências apresentam plano para resistir às mudanças climáticas”. CanalTech, 08 out. 2021. Disponível em: <https://canaltech.com.br/meio-ambiente/nasa-e-outras-22-agencias-apresentam-plano-para-resistir-as-mudancas-climaticas-198218/>. Acesso em 10 de outubro de 2021.

[2] SANTOS, Helivania. “Mudanças Climáticas”. Biologia Net. Disponível em: <https://www.biologianet.com/ecologia/mudancas-climaticas.htm>. Acesso em 10 de outubro de 2021.

[3]“A física por trás das mudanças climáticas”. Scientific American Brasil. Disponível em: <https://sciam.com.br/a-fisica-por-tras-das-mudancas-climaticas/.> Acesso em 10 de outubro de 2021.


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