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  • Lucas F. Bizerra e Maria Rita L. Maraschi

PROGRAMA ESPACIAL ARTEMIS


O Programa Espacial Apollo da NASA (National Aeronautics and Space Administration) foi um conjunto de 18 missões (das quais, 11 tripuladas) realizadas entre os anos de 1961 e 1972 com o objetivo de pousar o primeiro ser humano na superfície lunar. Em 20 de junho de 1969, o astronauta Neil Armstrong concluiu esse objetivo tornando-se o primeiro homem a pisar na Lua, seguido por Buzz Aldrin. Com o sucesso das missões Apollo e o com o ocaso da Guerra Fria, a população estadunidense perdeu o interesse na exploração espacial e as últimas três missões do Programa Apollo foram canceladas.[1]

Recentemente, diversas outras conquistas se deeram no campo da Astronomia: a primeira foto de um buraco negro, a lançamento do helicóptero marciano Ingenuity, Space Hubble Telescope, as missões Voyaager, Cassini, Juno, o lançamento do telescópio espacial James Webb, entre tantas outras. Todas essas descobertas, além das motivações políticas, estão instigando a volta da exploração espacial, especialmente para a Lua Autorizado em 2017, o Programa Espacial Artemis (deusa da caça e irmã gêmea de Apolo na mitologia grega) tem como objetivo voltar à Lua até 2025 (dessa vez com a primeira mulher e a primeira pessoa negra a bordo), estudar nosso satélite e o sistema solar como um todo, aprofundar o estudos sobre a permanência humana por longo períodos no espaço, além de estabelecer uma base lunar que servirá como “ponte” para viajar para Marte no futuro.[2] [3] [5]

Utilizando a tecnologia desenvolvida em projetos descontinuados como Projeto Constellation (projeto de 2006 que pretendia realizar um voo tripulado à Lua em 2020) e o Asteroid Redirect Mission (uma missão criada para redirecionar asteróides com pinças robóticas), além de toda experiência obtidas do Programa Apollo, o programa Artemis acontecerá a bordo da nave espacial Orion, que já realizou três missões de teste bem sucedidas desde 2006. Além da nave, o Programa Artemis prevê a construção de uma estação espacial na órbita da Lua chamada Gateway que, além de funcionar como estação espacial com laboratório científico e tudo mais, também poderá redirecionar a Orion, possibilitando pousar em qualquer posição da Lua. O programa também prevê o lançamento de rovers lunares. Tudo isso consorciado com diversos órgãos estatais, como a ESA (European Space Agency) e a AEB (Agência Espacial Brasileira) e empresas privadas como a Blue Origin e a SpaceX.[2]. A participação brasileira não está assegurada devido ao desastre do desgoverno Bolsonaro com a descontinuidade de programas de concessão de bolsas, auxílios e financiamentos de projetos de pesquisa.

O foguete responsável pelo lançamento da Orion será o SLS (Space Launch System), um foguete descartável baseado no antigo projeto do ônibus espacial. É provável que o SLS tenha um papel fundamental na exploração espacial dos próximos anos, já que seu uso está previsto para as missões a Marte. O SLS é o foguete mais potente já desenvolvido e possuirá três versões construídas chamadas de Bloco 1, Bloco 1B e Bloco 2. Todas elas contaram com o mesmo núcleo central com quatro motores, mas a versão 1B terá um segundo estágio mais poderoso chamado Exploration Upper Stage (EUS) e a última versão terá ainda boosters atualizados. Sendo que cada uma das versões tem uma capacidade de carregar 95, 105 e 130 toneladas métricas respectivamente.[2][5]

A primeira missão, Artemis 1, consistirá de um voo não tripulado ao redor da Lua, tendo uma duração aproximada de 40 dias. Será lançada do Centro Espacial Kennedy, localizado em Cabo Canaveral na Flórida. No topo do Space Launch System (SLS), projetado especialmente para viagens à lua.

Essa será a primeira de uma série de missões à Lua, quando o Artemis 1 fará uma demonstração de capacidade. Além disso, cargas científicas serão transportadas no voo, levando objetos curiosos compondo o Kit Oficial de Voo (OFK - oficial flight kit).

Se tudo ocorrer conforme o planejado, no ano de 2024, a Artemis 2 fará uma missão tripulada no mesmo circuito que a Artemis 1.

E então, em 2025 ou 2026, a missão Artemis 3 pousará na Lua com sua tripulação, sendo, pela primeira vez, uma mulher e uma pessoa negra que vão pisar em solo lunar.

Tendo seu lançamento suspenso recentemente pela terceira vez que estava prevista para terça-feira (27/09/2022), devido a preocupação com a tempestade tropical, que segue em direção a Flórida. Artemis 1 já teve seu lançamento suspenso outras duas vezes, no dia 29 de agosto e 3 de setembro. No dia 29 seu cancelamento ocorreu por problemas técnicos, entre eles uma falha no resfriamento de um dos motores e na válvula de ventilação no intertanque. Já no dia 3 o problema principal foi o vazamento de hidrogênio líquido na cavidade de desconexão rápida que alimenta o foguete.

O objetivo final do programa Artemis é o que a Nasa chama de "próximo grande salto: a exploração humana de Marte". A Nasa utilizará o conhecimento adquirido com o programa Artemis sobre trajes espaciais, veículos, propulsão, reabastecimento e outras áreas para preparar uma viagem a Marte. O objetivo é aprender a manter uma presença humana no espaço profundo por um longo período.

O plano inclui a criação de um "acampamento base" na Lua, que possibilitaria a presença dos astronautas por até dois meses. Enquanto uma viagem para a Lua leva apenas alguns dias, uma viagem a Marte demoraria no mínimo vários meses.


Mapa da missão Artemis 1 - NASA





REFERÊNCIAS


[1] Programa Apollo. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Programa_Apollo> Acesso em: 24/09/2022;

[2] Programa Artemis. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Programa_Artemis> Acesso em: 24/09/2022;

[3] Programa Artemis. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/fisica/programa-artemis.htm> Acesso em 24/09/2022;

[4] Tudo sobre o programa espacial Artemis, que deve levar humanos à Lua em 2025. Disponível em: <https://jovemnerd.com.br/nerdbunker/artemis-programa-espacial-tudo-sobre/> Acesso em: 24/09/2022;

[5] What is artemis. Disponível em: <https://www.nasa.gov/what-is-artemis> Acesso em 25/09/2022;

[6] Artemis 1. Disponível em: <https://www.nasa.gov/artemis-1> Acesso em 25/09/22.


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