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  • Raphael F. de Almeida e Gabriel C. Sartori

RPG na Educação


Desde muito nova, qualquer pessoa está envolta por jogos ou brincadeiras, até mesmo na vida adulta onde até os mais sérios eruditos executam diversão desse tipo. Não é nenhuma novidade que, quando crianças, somos imersos em uma fase da vida em que a brincadeira representa toda a diversão e alegria de “ser criança”. Sabendo disso, para uma melhor definição, vamos separar o que é uma brincadeira do que é um jogo. A brincadeira é algo “sem compromisso”, onde não competimos e nem buscamos um resultado, já o jogo, possui competição por mais mascarada que possa estar, e, além disso, é evidente que quem joga está buscando um resultado.

Segundo Jean Piaget, existem algumas estruturas de jogos que aparecem quando somos crianças. Nesse momento, vamos nos concentrar em uma em especial: o jogo simbólico. Nele, surge um desenvolvimento de algo fantasioso e imaginativo, e também a ausência de um objetivo claro e explícito para a criança. Nesse período , para a criança, todos aqueles ursinhos de pelúcia, que estão ao redor dela, podem representar espiões de uma organização secreta fazendo uma reunião para decidir como derrotar um vilão.

Agora, focaremos em um tipo específico de jogo, o RPG (Rolling Play Game), ou RPG de Mesa, que por uma tradução livre significa jogo de interpretação de papéis. Para jogá-lo geralmente deve-se estar em um grupo de pessoas (3-6) reunidas em uma mesa, ou pela internet. Não é necessariamente uma regra, mas dentre as pessoas participantes uma deve ser a narradora, ou mestre, que estará responsável em propor problemas que devem ser resolvidos pelos demais integrantes. Estes, por sua vez, devem criar um personagem e propor uma personalidade para ele. Os problemas propostos podem ser o quão fantasiosos possam ser desejados. A ambientação do cenário fica a critério dos participantes também. Se quiserem, podem interpretar personagens durante a Revolução Francesa, por exemplo. É possível ir até para uma fantasia menos realista, como, por exemplo, uma fantasia medieval com elfos e dragões. Sobre isso, a animação “A Caverna do Dragão” teve o roteiro escrito no famoso RPG “Dungeons and Dragons”.

O RPG utiliza a rolagem de dados para determinar os resultados das ações realizadas pelos personagens interpretados pelos jogadores, dados esses de 20, 12, 10, 8, 6 e até 4 lados, que às vezes são rolados simultaneamente. Em alguns momentos, o resultado depende de cálculos matemáticos. Podemos destacar, dessa forma, o benefício do desenvolvimento lógico e cognitivo de quem está jogando.

Existem diferentes sistemas de RPG, e quando nos referimos ao "sistema", significa o mundo de fantasia e as regras daquele sistema, como Skyfall, Tormenta e Dungeons and Dragons, de modo que podemos dizer que existem sistemas para todos os gostos. Além de ser divertido, o RPG também proporciona interação social, que apesar de estar limitada pela pandemia, ainda é um ótimo motivo para reunir amigos, seja online ou pessoalmente, caso seja seguro sanitariamente.

A partir dessas caracterizações simbólicas, como do RPG de mesa, há uma necessidade constante de evoluir e variar na forma como se leciona uma aula, e é evidente que o RPG de mesa pode se enquadrar como uma opção viável para variar um pouco a dinâmica de uma aula. Desse modo, fica a critério do(a) professor(a) como incluir o jogo à sua didática de aula. Uma das vantagens é que por ser hipotético e imersivo, é muito fácil explorar questões envolvendo a interdisciplinaridade. Por exemplo, imagine um cenário em que o(a) aluno(a) é um(a) médico(a) no ano de 1904 no Rio de Janeiro no contexto da Revolta da Vacina. A partir daí a quantidade de questões sociais, políticas e biológicas são muitas e podem ser levantadas e debatidas com profundidade, especialmente para um tema hoje que é tão contemporâneo.




Referências bibliográficas:


[1] GRANDO, Anita. TAROUCO, Liane. O Uso de Jogos Educacionais do Tipo RPG na Educação. Renote. V. 6 N° 2, Dezembro, 2008.

[2] PIAGET, Jean. O Possível e o Necessário: evolução dos possíveis na criança. V. 1 Artes Médicas. Porto Alegre, 1985.

[3] VICTOR, Samuel. “RPG Como Ferramenta Pedagógica”. Crônicas da Meia-Noite. 6 de abril de 2019. Disponível em: <https://www.cronicasdameianoite.com/rpg-como-ferramenta-pedagogica/> Acesso em: 15 de fevereiro de 2022.





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